top of page
Foto do escritorPlus Ultra Revista

6/3 - DRUIDISMO - Terceira Linhagem Sacerdotal

Atualizado: 13 de nov. de 2023



Parte 1 - Primeiras Moradas Espiritualidade Terrestre

3 - DRUIDISMO - TERCEIRA LINHAGEM SACERDOTAL


(Trecho palestra)

Há 20 mil anos, simultâneo a Yoga de Pashupath em e o TAO na China, entre os povos Nórdicos, um grupo de espíritos começou a perceber que iria haver um encontro muito interessante, entre a cultura do Zep Tepi, quando os Tuathas de Dannan que viviam no Hiperbóreo, resolveram descer e chegaram no Norte da Escócia e Irlanda, em algum momento desta história. os milesianos que eram umas das tribos humanas mais antigas, que viviam onde hoje é o Norte da Espanha, no país Basco, subiram para a Irlanda e se encontraram com os Tuathas, onde as notícias do Zep Tepi, à moda deles, lhes foram transmitidos, SURGINDO ASSIM A ESTRUTURA DRUÍDICA.


Da mesma forma que havia tido, lá atrás, uma linhagem da Yoga vinculada com a Ïndia, e do TAO vinculado com a China, alí surgiu a LINHAGEM DRUIID, vinculado com a Escócia e com a Irlanda, ou seja, as mitologias nórdicas e céltica.


E alí também, os espíritos foram nascendo sempre nestas linhagens, que a exemplo da de Wudang, o TAO, também foi interrompida devido a guerras e seus desdobramentos.



 

Pesquisas: Milesianos

Os Milesianos foram um povo da Mitologia irlandesa. Eram os descendentes de Míle Espáine, segundo o Lebor Gabála eles foram o último povo a colonizar a Irlanda em suas eras míticas, acredita-se que os Milesianos sejam na verdade os Celtas Gaélicos. Mito O Lebor Gabála (Livro das Invasões — escrito provavelmente na segunda metade do Século XI, por monges cristãos) descreve a origem do povo Gaélico. Eles descenderam de Catelo (Goídel Glas), um Cita que supostamente esteve presente na Queda da Torre de Babel, e de Scota a filha do Faraó Cingri, um nome encontrado apenas nas lendas irlandesa, cujo avô foi Fénius Farsaid .

Descendentes destes dois ramos que vieram respectivamente do Egito e de Cítia na época do Êxodo de Moises, e após vagar por um tempo pelas margens do Mediterrâneo (formando assentamentos na região de Mileto e Messina) até chegarem à Península Ibérica, onde se estabeleceram após várias batalhas. Um deles, Breogán, construiu uma torre em um lugar chamado Brigantia (na costa da Galiza, na atual Corunha, Espanha, que se transformou em uma tribo celta chamada Brigantes e durante a ocupação romana tornou-se a cidade de Brigâncio - ver Torre de Hércules) a partir do topo da qual ele e seu filho Íth, viram pela primeira vez a Irlanda.

Íth organizou a primeira expedição para a Irlanda, mas foi morto pelos três reis da Irlanda, Mac Cuill, Mac Cecht, e Mac Gréine dos Tuatha Dé Danann. Como vingança os oito filhos do irmão de Íth, Míle Espáine (o "Soldado da Hispânia", cujo nome foi posteriormente pseudo-latinizado para Milesius), liderou uma força de invasão para derrotar o Tuatha Dé e conquistar a Irlanda.

Os filhos de Milesius (Milesianos) desembarcaram no Condado de Kerry e abriram caminho para a Colina de Tara. No caminho, as esposas dos três reis, Ériu, Banba e Fódla solicitaram que dessem seus nomes para a ilha. Afirma-se que Ériu é a forma mais antiga para o moderno Éire, e Banba e Fódla eram frequentemente usados como nomes fantasia para a Irlanda, tanto quanto Álbion é utilizado para se referir a Grã-Bretanha. Em Tara os filhos de Míle encontraram os três reis, e estes lançaram um desafio aos invasores. Deveriam dar uma trégua de três dias, durante a qual retornariam a seus navios e navegariam até uma distância de nove ondas da costa, e findado os prazo caso conseguissem atracar novamente seriam os novos donos da Irlanda. Os Milesianos aceitaram o desafio e colocaram seus navios na distancia acordada, os Tuatha Dé então fizeram um feitiço que evocou uma grande tempestade que impediria atracarem de volta à terra. No entanto, Amergin consegue acalmar a tempestade recitando um encantamento. Cinco dos filhos de Mil morreram afogados. Os sobreviventes, Eber Finn, Érimón e Amergin o poeta, voltaram à terra e tomaram a ilha. Amergin dividiu a ilha entre Érimón, que governou o norte, e Eber Finn, o sul.

Lebor Gabála Érenn

(Livro da conquista da Irlanda), traça a história mitológica da Irlanda. O livro (também surge com o nome Lebor Gabála Éren), narra as invasões irlandesas e é um conjunto de manuscritos que relatam a construção nacional irlandesa como soma das diversas invasões celtas desde a sua criação até ao século XI, data na qual foram datados. Ciclo mitológico irlandês



O ciclo mitológico irlandês é um termo cunhado um pouco desatualizado ainda usado para se referir coletivamente a uma antiga tradição literária envolvendo os povos divinos que supostamente chegaram em cinco invasões migratórias na Irlanda e principalmente narra os feitos do Tuatha Dé Danann. Ele faz parte dos quatro grandes ciclos do início da tradição literária da Irlanda, sendo os outros: o Ciclo do Ulster, o Ciclo Feniano e o Ciclo histórico também conhecido como Ciclo dos Reis. Visão geral Os personagens que aparecem neste ciclo são, essencialmente, deuses pagãos do período pré-cristão da Irlanda. Os comentaristas tinham porém, a cautela, de qualificá-los como representando apenas seres "divinos", e não como deuses. Isso ocorreu porque os copistas cristãos que compuseram os escritos tinham geralmente (mas nem sempre) o cuidado de não se referir aos Tuatha Dé Danann e outros seres mitológicos como divindades. Os disfarces no entanto, foram velados e esses escritos contêm vestígios visíveis da cosmologia politeísta inicial irlandesa.

Amergin Glúingel

Amergin Glúingel (joelho branco) ou Glúnmar (joelho grande) foi um bardo e druida dos Milesianos no Ciclo Mitológico Irlandês . Ele foi nomeado Ollamh Érenn (Líder Ollam) da Irlanda por seus dois irmãos, Eber Finn e Érimón, os Altos Reis da Irlanda. Uma série de poemas atribuídos a Amergin fazem parte da mitologia Milesiana.


Um dos sete filhos de Míle Espáine, participou da conquista milesiana da Irlanda contra os Tuatha Dé Danann, a conquista ocorreu como uma vingança pela morte de tio-avô Ith, que foi traiçoeiramente assassinado pelos três reis dos Tuatha Dé Danann, Mac Cuill , Mac Cecht e Mac Gréine. Os milesianos desembarcaram no estuário de Inber Scéne, no Condado de Kerry (nomeado em homenagem a esposa de Amergin Scéne, que morreu no mar durante a travessia).


As três rainhas dos Tuatha Dé Danann, ( Banba , Ériu e Fódla ), deu, por sua vez, a permissão para Amergin e seu povo se estabelecerem na Irlanda. Mas para isso cada uma das irmãs pediu para Amergin nomear a ilha com o nome dela, e foi o que Amergin fez: Ériu é a origem do moderno Éire , enquanto Banba e Fódla são usados como nomes poéticos para a Irlanda, da mesma forma que Albion é usado para designar a Grã-Bretanha .

Leões de Milesius.

Os Milesianos precisavam tomar a ilha engajando-se em batalha contra os três reis, seus druidas e guerreiros. Amergin agiu como um juiz imparcial entre as partes, definindo as regras do engajamento. Os Milesianos concordaram em deixar a ilha e recuar a uma curta distância de volta ao oceano além da nona onda, um limite mágico.


Após três dias, voltariam para a praia, mas os druidas dos Tuatha Dé Danann invocaram uma tempestade mágica para mantê-los sem condições de alcançar a terra. No entanto, Amergin cantou um feitiço invocando o espírito da Irlanda, que veio a ser conhecido como O canto de Amergin , e ele foi capaz de acalmar a tempestade e trazer o navio em segurança à terra.


Na batalha que se seguiu, houve grandes perdas de todos os lados, mas os milesianos conseguiram a vitória ao final do dia. Cada um dos três reis dos Tuatha Dé Danann foram mortos em um combate único pelos três dos filhos de Míle sobreviventes, Eber Finn , Érimón e Amergin. Amergin em seguida, dividiu a terra entre seus dois irmãos, Eber ficou com a metade sul da Irlanda, Érimón o norte. No ano seguinte Érimón derrotou Éber em batalha e se tornou rei de toda a ilha, e dois anos mais tarde matou Amergin em outra batalha. A tradição local em Drogheda afirma que a sepultura de Amergin está localizada no Forte Millmount. Alguns dos poemas galeses medievais sobre temas mitológicos atribuídos ao poeta do Século VI, Taliesin no Livro de Taliesin têm semelhanças aos atribuídos a Amergin.


Milesianos chegam na Irlanda

Chegada dos Milesianos à Irlanda

A primeira colônia de Milesianos desembarcou em Kerry e logo marchou em direção à Colina de Tara, o acento dos Reis da Irlanda, ocupada nesse momento pelo Tuatha De Danann, que exigia a supremacia do país. Os reis objetaram que não sabiam nada sobre a invasão e se tivessem sabido, teriam impedido. Assim que eles planejaram deixar a decisão a Amergin. Amergin decidiu que ele e seus amigos deveriam voltar a suas naves e mover-se a uma distância de nove ondas distante da terra. Se fossem capazes de voltar à terra outra vez apesar de De Danann, eles conquistariam o país. Enquanto se moviam à distância fixada no mar, os druidas de De Danann provocaram uma tempestade e a frota se dispersou. Uma frota se dirigiu ao Sul e logo ao Noroeste de novo. A outra estava em perigo devido à tormenta quando Amergin, o poeta e estudioso da frota, se levantou e pronunciou uma entoação druídica. Ao final da oração, a tormenta cessou e os Milesianos desembarcaram de novo. Era uma quinta-feira primeiro de maio e o décimo sétimo dia da lua. Então, Amergin pousou seu pé direito na terra da Irlanda e cantou outro poema em honra da ciência que lhe dá mais poder que os deuses de onde veio. Eu sou o vento que sopra sobre as águas; Eu sou a onda do oceano; Eu sou o murmúrio das ondas; Eu sou o boi dos sete combates; Eu sou o abutre na montanha; Eu sou uma lágrima do sol; Eu sou a mais formosa das plantas; Eu sou um valente javali selvagem; Eu sou um salmão na água; Eu sou um lago da planície; Eu sou a palavra certeira; Eu sou a lança que fere na batalha; Eu sou o deus que cria ou forma na cabeça do homem o fogo do pensamento. Quem é o que ilumina a assembléia na montanha, se não eu? Quem conhece as idades da lua, se não eu? Quem mostra o lugar de onde o sol vai descansar se não eu? Quem chama o gado da Casa de Tethra? A quem sorri o gado de Tethra? Por que é o deus que forma encantamentos – o encantamento da batalha e o vento da mudança?


Leabhar Gabhala

Então depois de três dias e três noites, os filhos de Mile começaram sua primeira batalha contra Tuatha De Danann em um lugar chamado Sliab Mis, hoje em dia Slieve Mish está no Condado de Cork. Em um manuscrito gales do século XIV encontramos um poema similar atribuído ao bardo Taliesin, melhor conhecido na Saga Artúriana como Merlin. Eu fui uma águia Eu fui madeira no bosque Eu fui uma espada sendo empunhada Eu fui um escudo na batalha Eu fui uma palavra entre as letras Os dois cantos destacam algumas crenças druídicas e célticas. Esta ciência divina, penetrando os segredos da natureza, descobrindo que suas leis era um ser idêntico a estas mesmas forças e manter esta ciência era manter a natureza em um todo. O poeta amadurecido é a palavra da ciência, ele é o deus que concede ao homem o fogo do pensamento, o poeta é a natureza, é o vento e as ondas, os animais selvagens e o braço do guerreiro. Porque o poeta é a encarnação visível da ciência na forma humana. Ele não é só homem, senão também águia ou abutre, árvore ou planta, palavra, espada ou lança. Ele e o vento que sopra no mar, a onda do oceano, o murmúrio das ondas, o lago no planalto.


Ele é tudo isso por que ele é o ser universal, porque ele tem a custódia do tesouro da ciência e há provas de que possui este tesouro. Por exemplo, ele sabe calcular as luas, a base do calendário, por que ele pode determinar as grandes assembleias populares. A astronomia não tem nenhum segredo para ele, também pode saber (ninguém mais o sabe) onde vai descansar o sol. Ele é a ciência, é um poeta, é um sonhador. Ele e O Sonhador. .


 
Ollamh Érenn

Ollamh Érenn ("o maior, o mais erudito de Irlanda") foi um título profissional na Irlanda gaélica . Um ollamh (literalmente "maior") era um bardo responsável pela preservação e transmissão (oral) da sabedoria e da história da túath (povo, tribo ou nação). Cada túath tinha seus próprios ollamh. O Ard-Ollamh ("alto maior") era o principal de todos os ollamh de uma determinada província, e tinha o mesmo status que o rei provincial. Alguns títulos alternativos foram Rí-Ollamh, Rí-Eigeas, Príméces ("ollamh real", "rei poeta", "primeiro poeta"). O mais preeminente de todos os Ard-Ollamh da Irlanda levou o título de Ollamh Érenn. Um equivalente moderno no governo seria um Ministro da Educação e Cultura combinado com o cargo de Poeta Laureado. STATUS SOCIAL Seu status social era igual ao Alto Rei da Irlanda, tinha seu próprio palácio e uma grande comitiva de cerca de trinta ollamhs, juntamente com os seus servos. As leis suntuárias lhe permitiam usar seis cores em suas roupas, o mesmo que o alto-rei. O Ollamh Érenn usava uma ramo de ouro em forma de sino como simbolo do cargo, o Anruth tinha um de prata e os outros ollamhs usavam um debronze. O cargo inicialmente era hereditário, como Uraicecht na Riar um bardo só poderia atingir os postos mais altos se viesse de uma família de bardos (isto é, se seu pai e avô fossem bardos). Originalmente, o Ollamh Érenn era nomeado pelo rei, mas por volta do Século VI tornou-se um posto eletivo onde os outros ollamhs o elegiam.


 
Ollam - um mestre em um ofício ou habilidade específica.

Um ollam ou ollamh ( irlandês antigo: [ˈol͈aṽ] ; anglicizado como ollave ou ollav ), plural ollomain , na literatura irlandesa antiga , era um mestre em um ofício ou habilidade específica.




Coroação de Alexandre III como Rei dos Escoceses , 1249. Ele está sendo saudado pelo Ollam rígh Alban , o ollam real da Escócia , que se dirige a ele com a proclamação Benach De Re Albanne ("Deus abençoe o Rei dos Escoceses").



Bardo

Geralmente, ollam referia-se a um poeta ou bardo profissional da literatura e da história, e membro do mais alto dos sete escalões do filí , alcançado após pelo menos doze anos de estudo,


Como parte da corte de um rei, o ollam pode combinar as funções de poeta, contador de histórias e historiador, incluindo uma recitação precisa de genealogias. O chamado à vocação era geralmente uma tradição familiar.


Já em 574 membros do clã Ó hUiginn ( O'Higgins ) foram registrados como poetas hereditários nas cortes de príncipes e chefes irlandeses. Como tal, foi-lhes concedido um estatuto de nobreza, atrás apenas do rei, e tinham o direito de usar o mesmo número de cores nas suas vestes.


Outros usos

O termo também foi usado para se referir ao membro mais elevado de qualquer grupo; assim, um ollam brithem seria o posto mais alto de juiz, e um ollam rí o posto mais alto de rei. Ollav também foi nomeado druida ; significando quase o mesmo que "professor" ou pessoa de grande erudição.


Havia um posto oficial na Irlanda antiga chamado " Rí Ollam" ou "Ard Ollam" ou Chefe Ollam da Irlanda . O titular do cargo tinha posição igual à do Rei Supremo da Irlanda.


Ollamh Fodhla foi o título do mítico 18º Alto Rei da Irlanda , que teria formado pela primeira vez a assembléia conhecida como Feis Teamhrach , ou Festa de Tara por volta de 1300 aC.


Acolhimento literário

Na Irlanda Antiga , os ollams ensinavam crianças com ou sem remuneração dependendo das circunstâncias

 


Míle Espáine

No Ciclo Mitológico Irlandês Míle Espáine (em latim, Miles Hispaniae, "Soldado da Hispânia"; posteriormente pseudo-latinizado como Milesius; também Miled) foi o ancestral dos habitantes da Irlanda, os "Filhos de Mile" ou Milesianos, que representam os celtas Gaélicos.


Seu pai era Bile , filho de Breogan . Os historiadores modernos acreditam que ele é uma criação de escritores cristãos irlandeses medievais



O Mito

Seu prenome era Golam ou Galamh. Serviu como soldado na Cítia e no Egito, antes de lembrar-se de uma profecia de que seus descendentes iriam governar a Irlanda. Partiu então para o oeste, chegando à longínqua Ibéria (A Hispânia Romana), onde combateu várias batalhas antes de morrer, nunca chegando a ver a Irlanda com seus próprios olhos.



Scota foi sua esposa, e Ith um de seus sobrinhos. Ith avistou a Irlanda do topo da torre e navegou para a Irlanda onde foi morto pelos Tuatha Dé Danann. Quando o corpo de Ith foi trazido de volta para a Ibéria, os oito filhos de Míle e os nove irmãos de Ith, furiosos, invadiram a Irlanda e derrotaram os Tuatha Dé Danann, embora tempestades criadas pela magia do mítico povo governante da Irlanda tenham antes disso tomado a vida da maioria dos filhos de Míle .



Míle Espáine foi figura proeminentemente nas genealogias de John O'Hart, sendo o ancestral comum de todo o povo irlandês.


Segundo Seumas MacManus, em seu livro A História da Raça Irlandesa, Milesius foi o líder de um povo que descendia de Niul, neto de Gaodhal Glas. Moisés presenteou Gaodhal com a profecia de que um dia seus descendentes iriam viver em uma alegre ilha do oeste livre de serpentes.


Niul viveu no Egito, advindo anteriormente da Cítia, e foi de lá expulso por um faraó injusto. Após longas viagens através das sucessivas eras, os descendentes de Niul finalmente chegaram à Península Ibérica .


 


Druidismo

Fonte: Brasil Escola Os Druidas foram os povos de origem indo-européia que habitava extensas áreas da Europa pré-romana, eram sacerdotes do lendário povo celta. Hoje é uma das vertentes do paganismo, o druidismo. O Druidismo é um caminho espiritual de natureza pagã, todo druida é um pagão. O termo pagão tem origem no vocábulo latino paganus, que era usado para designar alguém que nasce no pagus (o campo, a Natureza). Em termos espirituais, portanto, pagão é aquele que acredita na sacralidade da Natureza e de todas as formas de vida. Qualquer forma de paganismo tem suas diversas deidades em seus panteões associadas à Natureza, com deuses e deusas que personificam as grandes forças naturais do mundo em que vivemos. Sendo que cada deus ou deusa cultuado é apenas uma representação alegórica para trazer a essência da natureza e do sentimento a ser realizado. Os Druidas eram sacerdotes do antigo povo celta, a natureza e as questões sobre respeito à vida acima de qualquer coisa é o ideal de um Druida, sendo curandeiros cujo possuíam o papel de curar a si mesmo, a comunidade e a natureza. Como os maiores sábios e seres dotados de dons especiais, os Druidas eram conselheiros de reis e sacerdotes das tribos.


Praticamente tudo que é sabido sobre os druidas, foi relatado por historiadores gregos e romanos que tiveram contato com os celtas nos séculos que antecederam ao cristianismo. Descreveram como poderosos sacerdotes dos povos celtas, sábios e juristas, poetas, contador de mitos e lendas, místicos e conselheiros. Sabemos pouco sobre esses povos tão influenciadores nos mitos e em toda a Europa, porque eles não usavam a escrita para transmitir sua sabedoria, praticando a tradição oral como meio de preservação de seu conhecimento. E assim ao passar dos séculos foi perdendo-se o verdadeiro Druidismo. Contudo a essência do Druidismo, crenças e seus conceitos principais permanecem estáveis até os dias de hoje.


A arte do Druidismo contemporâneo pode ser muito diferente dos druidas históricos, pelo fato de vivemos em outros tempos, com outras necessidades. Ao contrário de religiões que têm como base textos sagrados dogmáticos, o druidismo não fica limitado a escrituras ou leis. E com o passar dos séculos hoje é mais que uma religião é um modo de vida onde significativa a capacidade de satisfazer os anseios de quem segue este caminho, cuja natureza é à base da inspiração. Um Druida segue as estações do ano, e o ciclo da Natureza. Um Druida não segue regras como qualquer religião, pois tudo é baseado na naturalidade e no amor que a natureza perfeita criou, seus rituais não devem ser escritos, mais sim sentidos no fundo de nossas almas e conectado ao universo com a inspiração que é denominada como magia.


O mistério de um Druida é a conexão da alma com a Natureza, outra pessoa, o mundo em que vive, seu trabalho, seu alimento, seus desejos mais intensos. Tudo emana energia e nossa alma é energia. Toda energia é sagrada e deve ser respeitada e honrada. Assim como todas as formas de vida sem exceção. O Druidismo é a forma de amor e contato com a verdadeira criação do ser humano: A natureza. O nome Druida significa aquele que tem a sabedoria do carvalho. Seus templos eram as clareiras nos bosques sagrados e sua inspiração era a beleza do universo. Hoje, o maior papel de um Druida é transformar e interagir com o mundo para que ele seja um lugar mais equilibrado, mais puro e respeitado como qualquer um antigo sábio do carvalho cuidaria de seu mundo, seu lar na natureza, e sua conexão com o conhecimento e a cura para um planeta cansado de sofrer.

 

Artigo:

DRUIDISMO e Xamanismo

Conforme John Matthews, estas disciplinas ancestrais ainda são transmitidas em muitos pontos do mundo e os praticantes contemporâneos desta tradição emprestam uma dimensão viva aos seus artefatos. O mundo se revela num constante entrelaçar da realidade e os reinos dos espíritos, permitindo aos xamãs modernos falar essencialmente a mesma linguagem etnográfica - independente de origens ou raças.

Atualmente não há muitos relatos historicamente verificáveis que conectem as práticas dos Celtas e Druidas às técnicas xamânicas, no entanto, existem muitas conexões com druidas e xamãs em termos de suas abordagens serem semelhantes em relação à natureza, nos aspectos da espiritualidade e funções que exercem em suas respectivas comunidades. Assim como, o Seiðr nórdico, um tipo de magia associada ao transe e que está conectado às magias xamanistas. Essa visão complementa a afirmação de que o Xamanismo é um fenômeno de êxtase e dá evidência à crença em seres sobrenaturais e na possibilidade do Outro Mundo. Um estudo semelhante e mais amplo, baseado na exploração arqueológica, foi dirigido pelos renomados arqueólogos Stephen e Miranda Aldhouse-Green no livro "The Quest for the Shaman", onde eles enfatizam mais a origem das práticas xamânicas e sua influência na religião do que apenas a crença do Xamanismo na natureza. Os arqueólogos têm começado a interpretar objetos ou indicações como evidência de possíveis atividades xamanísticas. Assim como as reconstruções históricas e as precursões arqueológicas provaram ser de grande interesse para os vários movimentos de Neoxamanismo. Os xamãs muitas vezes não são os mesmos representantes dos indígenas, que ocasionalmente evitam as tradições xamânicas. Basicamente, o Xamanismo tem o objetivo reconectar o ser com a sua sabedoria interior, além da conexão com a multidimensionalidade e o autoconhecimento, o poder pessoal e os seres espirituais, promovendo a limpeza dos corpos físico e sutis, a harmonização de ambientes, a conscientização do aspecto espiritual de cada um e a inter-relação com a natureza e o planeta, além da ativação das habilidades de coragem, força e sabedoria para lidar com questões pessoais, curas internas e prevenção de doenças. "O xamã se torna uno à natureza, ao planeta e se comunica com os espíritos dos animais." Como diz John Matthews, essa é a linha mestra de todo Xamanismo - seja ele norte-americano, siberiano, nórdico, brasileiro ou celta. É o que ele chama de "Core Shamanism", como as principais práticas presentes no Xamanismo de qualquer cultura. Sendo o centro deste caldeirão, o fogo do trabalho xamânico e a sua jornada em um Estado Xamânico de Consciência (EXC). Esses estados de consciência alterados constituem as chaves da compreensão, como o antropólogo Carlos Castañeda distingue a "realidade comum" da "realidade incomum". As jornadas xamânicas estão presentes no transe na forma do êxtase, um grande facilitador para se conectar ao Outro Mundo e acessar o conhecimento ancestral, seja através do toque do tambor, cachimbo sagrado ou por meio de meditações guiadas com animais de poder ou espíritos afins. Como descreve Mircea Eliade: "O transe xamânico restabelece a situação do homem primordial durante o seu êxtase, o xamã recupera a sua existência paradisíaca, que não estavam separados das divindades. De fato, as tradições falam do tempo mítico em que o homem se comunicava diretamente com os Deuses celestes." Historiadores, arqueólogos e antropólogos acreditam que a origem do Xamanismo se encontra na Europa do final da Idade da Pedra, entre 30.000 e 20.000 a.C. e ressurge em nossa sociedade atual para ser aprendido e vivenciado novamente. Como descreve o pesquisador Michel Harner: "Fundamentalmente, o conhecimento xamânico só pode ser adquirido através da experiência individual. Contudo, será necessário que se aprenda os métodos a fim de utilizá-los. Eles podem ser aprendidos de diversas maneiras. Por exemplo, entre os Shipibo-Conibo do Alto Amazonas, o aprendizado com as árvores é considerado superior ao que se tem por intermédio de um xamã. Entre os aborígenes da Sibéria, a experiência de morte e renascimento era a principal fonte do conhecimento xamânico." Quem pratica o Druidismo certamente já se deparou com o Xamanismo e a Cultura Celta. Apesar das semelhanças o "Xamanismo Celta" não é igual ao Reconstrucionismo Celta e nem ao Drudismo Moderno. O termo "celta" passa a significar um caminho reconhecidamente original às terras da Inglaterra, Irlanda, Gales e Escócia. O Xamanismo Celta trata então da prática moderna inspirada na cultura dessas tradições.



 

A decadência dos Druidas


Artigo: A fascinante história dos poetas bárdicos irlandeses


A Irlanda Gaélica


A poesia bárdica irlandesa era uma tradição intensamente complicada. Produzidos por poetas bárdicos especialmente treinados e escritos em irlandês antigo ou médio, esses poemas surgiram durante um período fascinante da história irlandesa chamado “Irlanda Gaélica”. Este foi um longo período durante o qual a ordem política e social gaélica existiu na Irlanda e a língua e a cultura irlandesas floresceram. Chegou ao fim em meados do século XVII.


A Irlanda gaélica consistia em uma colcha de retalhos de territórios governados por reis ou chefes. Mas nem tudo foi amor e paz. A guerra entre esses territórios era comum. Às vezes havia um governante poderoso, reconhecido como o Rei Supremo da Irlanda, que governava todos os reinos. Mas a maior parte da sociedade era constituída por clãs e, tal como o resto da Europa, tinha uma estrutura hierárquica.



Apesar da invasão normanda no século XII, grande parte do país permaneceu sob o controle de reis irlandeses ou senhores anglo-irlandeses e a cultura irlandesa floresceu como resultado.


No início do período conhecido como Irlanda Gaélica, o povo era pagão e tinha uma cultura oral. A maioria das pessoas não lia nem escrevia, então os bardos (que compartilhavam poemas oralmente) tinham muito que memorizar. Tudo foi gravado e transmitido boca a boca.


A poesia irlandesa dessa época usava uma mistura complicada de esquemas de rimas, metáforas e simbolismo. Este estilo era enormemente diferente das tradições poéticas dos países não celtas e permaneceu o mesmo durante séculos. Isto pode ter acontecido porque a Irlanda nunca foi conquistada com sucesso por Roma. Durante muito tempo foi protegido das modas literárias da Europa continental.


A vida de um bardo

A antiga sociedade irlandesa reconhecia quatro graus de poetas: o bardo era o mais baixo e o filidh era o mais alto. Os alunos poderiam passar três ou mais anos em cada nível de poesia nas escolas bárdicas antes de passarem para o próximo nível. Se um poeta atingisse o nível de filidh, ele poderia ser o poeta oficial de um rei. O trabalho deles não seria apenas poesia no sentido moderno; o trabalho para o rei também poderia envolver questões judiciais, questões tribais e preocupações nacionais – todas as quais seriam lembradas e recontadas em diferentes formatos de poemas.



O Bardo Diante da Família Real”, de Anton Huxoll



O ano letivo nas escolas bárdicas ia de novembro a maio. Tadhg Óg Ó Huiginn, poeta do século XV, declarou que os estudantes sempre lamentavam ouvir os cucos. Isso significava que as férias estavam chegando e os estudantes bardos tiveram que deixar a escola para voltar para casa, para suas famílias.


Sendo a natureza humana o que é, eventualmente reis e senhores começaram a pagar aos poetas para cantarem os seus louvores em todas as suas terras – e fora dos seus reinos – para aumentar a sua popularidade. Os poetas foram contratados por muitas famílias poderosas para divulgar as notícias sobre os pontos fortes e os grandes feitos de seus patronos. Eles foram contratados para elogiar a nobreza, a força, a generosidade, o sucesso de seus patronos na guerra e, claro, sua boa aparência. Nas horas vagas, os bardos também criavam elegias pessoais, poemas de amor, poemas religiosos e sátiras.


Às vezes, a poesia beirava o teatro, e uma pessoa (chamada reacaire ) podia recitar um poema ao chefe ou rei em nome do bardo. A recitação geralmente era acompanhada por música instrumental, que era principalmente uma harpa.


Alto status social

Muitos visitantes estrangeiros da Irlanda gaélica comentaram que os irlandeses estavam “intoxicados pelo poder das palavras”. Quando a Igreja Católica se consolidou, não conseguiu anular a dedicação irlandesa à poesia. Isto não foi pela falta de tentar proibir os bardos! Mas o monge Columcille saltou em defesa da forma de arte, dizendo que a poesia era uma parte essencial da vida irlandesa e que a Irlanda não seria a Irlanda sem ela. Tudo na vida cotidiana foi registrado oralmente pelos bardos, incluindo genealogia, curas médicas, música e história. A igreja sabia que não deveria perder todas essas informações.


Depois que os poetas se formassem e exercessem seu ofício, eles poderiam ganhar muito dinheiro. O mais elevado dos poetas era chamado de ollamh , ou principal poeta oficial. Ollamh é literalmente 'o maior' e este poeta tinha uma posição social quase igual à do rei. Na verdade, os ollamhs e outros poetas nunca foram mortos quando os seus reis foram para a guerra (há apenas algumas exceções registadas), enquanto os reis, no entanto, foram frequentemente mortos. Este elevado estatuto social existiu mesmo na época elisabetana, quando a nobreza inglesa ficava horrorizada ao ver os chefes gaélicos não apenas comendo à mesma mesa que os seus poetas, mas muitas vezes do mesmo prato.


A lei Brehon, usada na época para manter a ordem, não previa punição corporal ou capital; em vez disso, o crime era punido com o pagamento de multa. A multa por matar um ollamh era de sete cumhal (escravas, chamadas servas) ou vinte e uma vacas leiteiras. Isto era igual à multa por matar um rei.


Trabalho para toda a vida

Os poetas trabalhadores logo descobriram que, se se vinculassem a chefes e reis específicos, poderiam ser definidos para o resto da vida. Eles receberam recompensas confortáveis ​​em terras e gado para se sustentarem. Como não precisavam trabalhar como outros meros mortais, viajavam frequentemente pela Irlanda visitando as fortalezas de governantes e nobres.


Eles poderiam ficar até um ano com seus anfitriões. Os poetas mais consagrados (escandalosamente) tinham funcionários, que podiam incluir estudantes e outros poetas de categoria inferior. Ainda mais louco era o fato de que muitas vezes os poetas inferiores também tinham funcionários. Isso acabou se tornando tão ridículo que a chegada do ollamh começou a gerar uma sensação de pavor, porque todos no partido tinham de ser pagos.


Às vezes, bardos eram contratados para amaldiçoar e satirizar aqueles que contrariavam seus patronos. A sociedade irlandesa da época tinha uma mentalidade de “fama ou vergonha”. A mão que as pessoas recebiam na vida dependia de o bardo gostar delas ou não. Isso deixou as pessoas nervosas. Eles iriam sugar o bardo em geral. Se o bardo gostasse deles, talvez eles tivessem um poema ou uma canção escrita sobre eles – a verdadeira imortalidade. Mas há muitas histórias nos livros de história sobre poetas extorquindo riquezas em troca de NÃO escreverem sátiras sobre elas.


O fim da tradição

Após séculos de sucesso, os poetas construíram uma hierarquia incrivelmente complexa entre si. O Chefe-Ollamh da Irlanda ou “Ollamh Érenn” era um grande negócio, supervisionando todos os outros Ollamhs. Um equivalente moderno no governo seria um Ministro da Educação e Cultura combinado com o cargo de Poeta Laureado.


Cada chefe ou tuath tinha seu próprio Ollamh provincial, que respondia ao Chefe-Ollamh. O chefe Ollamh de uma província teria sido o chefe de todos os Ollamhs inferiores daquela província. A indústria ficou tão inchada e rica que logo um terço dos jovens começou a trabalhar neste trabalho, deixando menos mãos para cultivar alimentos e cuidar dos animais.


Parece que os chefes e reis irlandeses finalmente perceberam que haviam criado monstros. Em sua narrativa A História da Irlanda, o historiador do século XVII Seathrun Céitinn (Geoffrey Keating) observou os acontecimentos dos bardos centenas de anos antes. Ele registra um rei do século VI dizendo a Columcille “Não desejo ficar com os filés, tão injustas são suas exigências e tão numerosas são. Pois geralmente há trinta na sequência de um ollamh, e quinze na de um anroth, e assim por diante para os outros graus do filé até o mais baixo.”


De acordo com Céitinn, Columcille avisou ao rei que ele estava certo e que os bardos deveriam ser reduzidos ao tamanho certo. No entanto, ele aconselhou o rei a manter o mais alto nível de bardos. Deve-se notar que grande parte da História da Irlanda trata de mitos e lendas e, de fato, na época de Céitinn foi descartada em alguns cantos como fictícia - portanto, não podemos ter certeza da fonte, embora seja possível que houvesse algum grão de verdade em isto.


Escritos Monásticos

Logo, os monges assumiram a manutenção dos registros da vida diária e começaram a escrever muitos dos poemas da tradição oral. O cristianismo acabou tornando os bardos redundantes, mas não antes de o espírito da poesia se fundir com a tradição da igreja. Os monges da Idade Média escreviam versos poéticos nas margens dos manuscritos. A tradição bárdica foi herdada pelos monges, que não apenas a preservaram, mas também a expandiram para novas terras.




Depois que a tradição bárdica perdeu sua importância, tornou-se evidente que os poetas ajudaram a defender a ordem gaélica. A essa altura, porém, já era tarde demais. A perda de dignidade da tradição bárdica também veio acompanhada de uma perda de estima pela língua irlandesa. E aí temos a morte poética da Irlanda Gaélica.


Ainda existem muitos poemas bárdicos inéditos. Apenas uma pequena fração deles foi traduzida do irlandês para o inglês. Menos ainda foram publicados. O projeto aguarda seu estudioso.


Fonte deste artigo: https://oldmooresalmanac.com/the-history-of-the-irish-bardic-poets/

4 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page